Nestes últimos dias tenho percebido como ainda existem empresas que não estavam adaptadas ao home office. Desde semana passada venho atendendo os meus clientes via Zoom e alguns deles relatam que a empresa não teve opção e precisou, às pressas, organizar para que todos trabalhassem de casa. Algumas dessas empresas não tinham a prática de home office e agora, os funcionários estão sofrendo para ajustar-se à rotina e os líderes gerirem à distância o trabalho que precisa ser feito.
Em um dos atendimentos dessa semana, o coachee questionava como poderia ser um bom líder mesmo à distância. Como manter a motivação da equipe, ajudá-los a desenvolver a autodisciplina e a entregar os resultados? Depois de elaborar as possíveis alternativas, concluiu que vai começar a chamar a equipe para uma chamada semanal e oferecerá ajuda em todos os sentidos: operacional, emocional (aqui dependendo do perfil do líder, pode ser um terreno mais escorregadio porque nem todos tem o jeito de perguntar como está a saúde mental do outro, por exemplo…) e, principalmente, mostrar-se disponível para o que precisarem.
A solução do meu coachee de fazer uma ligação semanal é só um exemplo. Você pode encontrar outros mecanismos de mostrar a sua disponibilidade. Pense nisso. A agenda já está reduzida porque vários compromissos presenciais ou sobre assuntos que eram prioritários e mudaram pelo contexto atual, já não vão mais acontecer. Estenda a mão à sua equipe, você verá que os resultados serão positivos. Eles se sentirão acolhidos e amparados por você. Somos todos serem humanos e gostamos de sentir proteção em tempos de incertezas e dúvidas.
Me ponho a pensar como será a vida de alguém que agora precisa entregar resultados sem nunca antes ter vivido a experiência de trabalhar remotamente. Para a grande maioria, não parece um bicho de sete cabeças, não é? Mas existem inúmeros perfis de profissionais e muitos não funcionam bem individualmente, perdem o estímulo e podem deixar a peteca cair. Outros tantos, não tem autodisplina. Conseguem ser displinados em ambientes onde outros os estão vendo e assim por diante. Analise o perfil dos seus colaboradores, foque naqueles que mais podem precisar de atenção e exerça a empatia à 100% da sua inteligência emocional.
Beijo no coração.